domingo, 4 de novembro de 2012

Manifesto de Indignação contra a Revista VEJA

Não vou manifestar aqui minhas opiniões de acordo com meus aspectos ideológicos, como já são sabidos por parte de meus colegas e alunos, mas vou manifestar como professor, sobre o fato ocorrido neste final de semana no ENEM, em que a Revista VEJA, por meio de suas redes sociais incentivou candidatos ao ENEM a cometer um crime federal, onde tentaram engambelar um concurso federal, por meio de vazamento do sigilo. Já está mais do que na hora de o povo reivindicar um meio de controle da mídia e a instalação de um Conselho que julgue severamente atos anti-éticos como este cometido.


  Como professor, venho manifestar por meio do meu blog minha indignação pela atitude da plataforma on-line (Twitter) da Revista VEJA, que induziu estudantes no sábado e no domingo deste fim de semana a cometer um crime federal, devidamente previsto pela Lei 12.550/11, que coloca como crime no Artigo 311-A:

 "Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: III - processo seletivo para ingresso no ensino superior" 

Assim a Revista VEJA não somente prestou um desserviço a toda a sociedade, mas usou da boa fé de estudantes, muitos deles menores de idade, para cometer um crime federal. Tudo isso sob força de uma legislação fraca, que não prevê punições a meios de mídia que atentem contra a lisura e contra a ética na sociedade, como neste episódio trágico.

Fico entristecido como professor, quando vejo alunos como este envolvidos em episódios que podem marcá-los definitivamente em casos de comprometimento de exames federais. Pior ainda, é saber que isto vem como preparativo para uso deste como caso político para 2014, quando haverá eleições para governador e presidente, e que o atual Ministro da Educação, Aloísio Mercadante, foi aquele quem quase levou a eleição para o segundo turno, contra o atual governador Geraldo Alckmin, que era apoiado por esta mesma revista.

Tenho a nítida percepção que este é mais um caso político, que vem para manchar a organização do segundo maior processo de ingresso à universidades existente no mundo. Como professor não posso deixar de me manifestar e exigir junto aos meus meios a punição desta revista e exigir um meio de controle à mídia.

Bruno Lima Emidio - Professor de Geografia

2 comentários:

  1. Olha você é professor? De geografia? é uma pena ver que meus colegas de profissão não conseguem LER e se informar...
    Aonde fomos parar então?
    A revista se você LER, verá que indica aos participantes tirar fotos das situações do ENEM, das pessoas, de alguma situação inusitada. E não a tirar fotos da prova.
    O uso de aparelhos eletrônicos é proibido, qualquer candidato que quisesse realizar a prova não o teria feito, até mesmo por que isso nem foi recomendado.
    Leia e se informe, e pare de divulgar qualquer imagem falsa que aparece por aí na internet para não acabar sendo massa de manobra, amigão.

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  2. É uma pena saber que o colega não se identifica... já verifiquei a informação e ela é correta... falso me parece o comentário que aliás, parece ser mais um comprado das redações da ABRIL. Estava claro para quem leu as publicações online da VEJA que foi um processo de politicagem como ela bem faz desde que VEJA é VEJA.

    Próximo!!!

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